Devo ser um dos poucos que não viu o filme O Iluminado. Essa situação se mantém enquanto escrevo essas linhas. Tenho de admitir que não vi e nem tinha curiosidade. Com o advento do nosso blog, tudo ganhou outra dimensão. Assim, inúmeros livros foram se enfileirando, esperando serem devidamente lidos, e com eles alguns filmes.
Com O Iluminado não foi diferente. Completamente penetra na minha fila de leitura (que digamos é gigante), foi o surgimento do Dr. Sono que me fez atentar ao fato de que eu deveria ler O Iluminado.
Acredito que para muitos o livro seja inédito, assim como foi para mim. É para vocês que escrevo essa resenha e deixo esse conselho: leiam esse livro! Independente do Dr. Sono, leiam esse livro, pois ele é muito bom!
O ritmo é excelente e a história da família Torrance precisa ser conhecida, assim como o Hotel Overlook. Talvez mais o hotel pelo personagem ímpar que é nesse livro.
Todos os fatos sobrenaturais que começam a acontecer com os Torrence nos colocam a par da história pregressa do hotel, a qual atravessa gerações. Overlook pode ser visto como um tributo maravilhoso ao gótico, pois mostra que desde seu nascimento traz em si o horror, fruto do gótico. No hotel tudo começa assim: devagar, crescente, ganhando força e dando medo. Simplesmente muito medo.
Ignorantes do que realmente existe ali, surgem Jack, Wendy e o pequeno Danny, uma típica família americana de classe média em dificuldades financeiras. Lutando para se manterem unidos como família apesar dos tropeços da vida, em especial do próprio Jack, o Hotel Overlook se torna sua grande aposta para uma nova época. O que eles não imaginavam é que a aposta seria alta demais.
Um texto envolvente que amarra o leitor da primeira letra ao último ponto, O Iluminado, de Stephen King, é uma obra a ser devorada! A edição que li foi da Coleção Biblioteca Stephen King, da Editora Suma, com tradução de Betty Ramos de Albuquerque, trazendo além da história, dois apêndices – Antes do Ato e Depois do Ato, traduzidos pela amiga Regiane Winarski. Esse material extra adiciona mais informação sobre o hotel na parte Antes do Ato, assim como ao destino dos Torrance e do Sr. Halloran, na parte Depois do Ato.
Essa edição da Editora Suma está realmente muito bonita e, além dos materiais inéditos que comentei acima, a capa é um primor, tanto no quesito beleza, como na questão de sensação ao toque, parecendo levemente emborrachada. Isso aprimora a experiência da leitura. Parabéns pelo trabalho editorial.
Repito que é um livro que DEVE ser lido. Independente se você lerá mais coisas dele, esse deve ser lido, pois é uma daquelas histórias inesquecíveis. Sem dúvida um dos melhores livros que li dele.
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Sugiro que assista a primeira gravação de ‘O Iluminado’, excelente.
A segunda é boa, mas a primeira é sensacional!
Gabriel, vou buscar assistir agora que li o livro. Valeu.
A primeira vez que escutei falar sobre O Iluminado foi o filme do Kubrick. Ele foi lançado em 1980, então quando eu alcancei a idade de entrar em contato com o mundo do terror ele já era um clássico.
Por muito tempo o filme foi a “única coisa do King que fez a transição de mídia e ficou boa” e quando soube que o escritor “não gostava” do filme eu fiquei bolado. Ele disse algo como “Um lindo carro, mas sem motor”. Com o tempo eu passei a gostar muito de ler as obras do Stephen King, mas, por já ter visto o filme acho eu, nunca tinha lido O Iluminado.
Erro meu.
Engraçado que o Daniel, que insistiu que eu deveria ler o livro (e me emprestou, obrigado a ele e ao Canto do Gárgula), nunca viu o filme.
Claro que eu quero bater altos papos com ele sobre o assunto, mas antes, acho que ele deveria visitar a obra de arte do Kubrick, que, apesar de ser um filme PHODA, perto do livro, tenho de concordar que é “um lindo carro, mas sem motor”…
Vou ver o filme e baterem os esse papo com certeza!