Para quem não viu o filme
Vou imaginar que você nunca ouviu falar de Brightburn – Filho das Trevas. Partindo dessa ideia, vou colocar o trailer dele abaixo e peço que veja por favor.
Se você pulou o trailer volte e veja. Esse é o segundo aviso que lhe dou, então a partir de agora siga por sua conta e risco.
Não vejo como spoiler qualquer comentário a seguir porque o trailer já mostrava muitas das cenas bizarras de violência do filme. Novamente peço que veja o filme antes de continuar. Abaixo teremos o pôster oficial do filme. Siga, se quiser, por esta resenha e este foi o último aviso de que talvez o texto a seguir possa conter algum comentário a mais sobre o longa o qual pode ser considerado um spoiler.

Espero que tenha visto o filme.
Resenha
Brightburn – Filho das Trevas veio com a premissa simples de mostrar o que aconteceria se um bebê alienígena caísse na Terra e fosse criado por humanos (basicamente a história do Superman). No entanto, ao invés de se tornar uma boa pessoa, criado por valores humanistas sinceros e desprendidos, ele se tornasse uma pessoa muito ruim, que se percebe acima de qualquer autoridade, utilizando seu poder para fazer o que bem entender.
Eu não esperava muito do filme, mas ele surpreende. Não por qualquer mudança na premissa básica, pois esta se confirma, mas sim em como é executada a sua realização.
Ao deturpar a história do Superman, o filme nos força a reflexão sobre o que fazer com alguém acima de qualquer autoridade, punição ou julgamento. Obviamente é uma reflexão extrema, junto a qual poderíamos traçar paralelos com figuras poderosas da sociedade humana atual, que conseguem se manter à par das leis vigentes por terem dinheiro e poder político ou mesmo pessoas desequilibradas, descoladas da moral vigente e, por consequência, capazes de cometer atos atrozes.

Refletindo sobre o poder sem limites
Com certeza por utilizar o terror nos expõe ao exagero sádico que nos força a indagação sobre o que faríamos em igual situação? Nos vemos frágeis, impotentes e insignificantes. Nossas ações contra tais pessoas não surtem efeito e acabamos nos vendo em uma posição incômoda.
Sempre ouvimos frases relacionadas a quantidade de poder que alguém possua, bem como suas atitudes com relação ao uso deste poder. Por exemplo:
“Dê poder ao homem, e verá quem ele é”.
Maquiavel
Penso então que o espírito humano é basicamente corruptível principalmente na realização de que é poderoso. Talvez daí saia mais uma reflexão sobre nossos próprios limites e os limites do próximo, elementos chaves do respeito. Vejo que o excesso de poder tende a corromper ou ao menos tenta quem o possui.
Volto ao filme, objeto desta análise, e percebo, uma vez mais o gênero do horror, silenciosamente e sem alarde, nos colocando para pensar. Como isso é bom!
Desta vez o S do Superman não queria dizer esperança, mas sim um B de brutalidade.
Vejam o filme ou, se já viram, deixem suas opiniões abaixo nos comentários. Pensar é trocar, sempre. Precisamos muito disso!
Ficha do Filme
Direção: David Yarovesky
Roteiro: Brian Gunn, Mark Gunn
Elenco: Elizabeth Banks, David Denman, Jackson A. Dunn
Ano de Lançamento: 2019
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Assistindo recomendação do Mário Moreira e achei sensacional!
Esse filme eu vi lá no Mário! Sinistro demais!