Love Kills, de Danilo Beyruth

Vampiros modernos e velhas motivações

A história de Love Kills, de Danilo Beyruth, se passa nos dias atuais. Normalmente, quando esses seres são usados, temos um descolamento do vampiro sedutor clássico e uma aproximação maior com a degeneração social, violência e perda total da inocência, alinhando-se assim com o tempo presente.

Love Kills - Danilo Beyruth - DarkSide Books - Canto do Gárgula
Love Kills – Danilo Beyruth – DarkSide Books

Pois o autor consegue misturar ambas as vertentes. Apesar de nos colocar em um panorama moderno, as velhas motivações de alguma forma estão lá. Cria-se assim um elo único entre passado e presente, tão rico e necessário, esperando para ser utilizado.

Temos com esse quadrinho uma história de amor que ultrapassa todas as barreiras: terrível, único e eterno.

Quando a arte comanda

O interior todo é desenhado em preto e branco e você não sentirá falta das cores. O traço de Beyruth é muito expressivo. A partir dele, o autor consegue imprimir um sentido único à narrativa. Essas qualidades trazem ao leitor um conforto visual inconsciente permitindo que o argumento ganhe protagonismo.

Love Kills - Danilo Beyruth - DarkSide Books - Canto do Gárgula
Love Kills – Danilo Beyruth – DarkSide Books

Outro ponto que devemos salientar é a capacidade da construção de cenas de ação. Aliadas à velocidade, elas criam um fluxo de movimento digno do cinema. O autor não poupa quadros para dar as cenas de luta a plasticidade que elas precisam ter. Poucos são capazes de desenhar e construir quadrinhos tão fluídos. Uma obra de arte para quem ama, como eu, a arte sequencial.

Um quadrinho que assusta

Não só pelo terror que o autor nos coloca, o quadrinho assusta por seu volume. Suas 244 páginas são densamente desenhadas, sem pausas para capítulos ou respiro. Ao utilizar um recurso como esse, o autor te coloca no ritmo insano da narrativa.

Quadrinho é isso! Ele te move tanto pelo argumento, como pela arte. Quando isso é feito em maestria, temos um passo ditado pelo autor, levando o leitor à medida que isso se torna perceptível. Em Love Kills, essa velocidade é assustadora por si só, pois o pé está afundado no acelerador!

O trabalho editorial da DarkSide Books como sempre está em um nível acima do mercado. A capa utiliza amarelo, diferentemente do tradicional vermelho, que povoam publicações vampirescas. A cor amarela, utilizada como parte do sombreamento da personagem desenhada, assim como no título e largamente na contra capa me remeteu demais ao poster de Kill Bill, filme do diretor Quentin Tarantino, o que para mim está de acordo com a velocidade da narrativa, além de mostrar uma protagonista forte e complexa.

Conclusões finais

Precisamos muito ver mais deste mundo vampiresco, o qual apenas vislumbramos a ponta do iceberg. Temos ali tudo o que um cenário com vampiros deve ter: amor, traição, violência, luta e, porque não, alguma realidade cotidiana. É sempre muito bom ver o cuidado de Danilo Beyruth com seus personagens, especialmente com os vampiros.

Sempre ouvimos dizer que clássicos nunca morrem. Pois Love Kills deve estar nesse rol maravilhoso de clássicos. Pode apostar nessa leitura, pois você não irá se arrepender. 

Boa leitura!

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