A Criatura, um amálgama único

Um encontro incrível

Ler A Criatura, de Andrew Pyper, foi uma experiência muito legal. O autor conseguiu condensar três monstros clássicos, criando uma criatura, um amálgama único em uma aventura inesperada. 

O livro é uma publicação da DarkSide Books e foi traduzido por Cláudia Guimarães.

Um ser complexo

O autor nos coloca na pela de Lily, uma psiquiatra que lida com casos complexos no hospital. Um de seus pacientes se revela peculiar, prendendo a atenção da doutora muito além de suas consultas.

A relação entre esse paciente, de nome Michael, e Lily ditam a tônica há história. Lembranças reprimidas, desejos, traumas e outros sentimentos compõe um líquido viscoso que deixa seu rastro pela narrativa.

Quem é Michael? Qual é a verdade? Seriam os grandes clássicos como Drácula, Frankenstein e O Médico e o Monstro uma realidade possível (mesmo que absurda)? 

Pyper tece sua trama cuidadosamente e o leitor não tem opção nenhuma além de observar o desenrolar dos fatos. Sua narrativa consegue imprimir uma aceleração estonteante e de tirar o fôlego.

Conclusões finais

Além de uma história alucinante, o autor presta homenagem aos grandes Mary Shelley, Bram Stoker e Robert Louis Stevenson, dando-lhes espaço em seu enredo.

A Criatura é um livro que precisa ser lido e consegue fazer o leitor se sentir desconfortável, como também sua protagonista, enquanto desconstrói e reconstrói fatos.

Uma leitura daquelas que te prendem na cadeira pelo suspense, roubam seu ar pela ação e, ao final, te permite fechar o livro e pensar: onde isso vai parar?

Abrir o livro é a única atitude de livre arbítrio que você poderá fazer. Após isso o bilhete da viagem não permite paradas!

Boa leitura! 

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