Um tributo muito bem feito
Frankenstein: Entre o Céu e o Inferno, de Mike Mignola certamente consegue fazer um maravilhoso tributo à Mary Shelley, adaptando sua criatura dentro do mundo do nosso querido Hellboy. O encadernado é uma publicação da Mythos Editora e a tradução fica ao encargo de Fernando Bertacchini. O roteiro é do próprio Mignola, enquanto a arte é de Ben Stenbeck.
Um personagem eterno e multidimensional
Tenho minhas dúvidas se Mary Shelley tenha sequer sonhado que sua criação, Frankenstein, fosse ganhar o imaginário mundial como ganhou. Certamente não planejava ou imaginava nada desse tipo. Pois Mike Mignola usando de seu talento, traz o monstro de Shelley para seu próprio universo (assim conhecido como Mignolaverso).

A homenagem, sem dúvida alguma, não poderia ser mais bem executada. Mignola leva o Frankenstein por uma viagem incrível de busca pelo autoconhecimento, redenção e propósito. Somente um mestre para prestar a outro tal reverência.
Primeiramente, a aparição de Frankenstein na história do Hellboy se dá de maneira inegavelmente fortuita e engraçada. Em suma, num ringue escondido em uma enorme casa no México, surge uma criatura (uma clara alusão à criação do Dr. Frankenstein). Essa participação acontece no encadernado Hellboy – A Casa dos Mortos-vivos e outras histórias. Ao final descobrimos que a criatura é realmente a cria de Mary Shelley. Essa história também aparece no volume Hellboy – No México, ambos inegavelmente imperdíveis.
É exatamente por essa história, que Mignola realiza que deve dar a criação de Shelley em um enredo próprio e capaz de enaltecer a grande obra do Prometeu Moderno.
Ademais, se você pensar que estamos falando de Mignola e Shelley, juntos, com certeza, boa coisa deu. Essa mistura dá vida a esse quadrinho maravilhoso!
Uma aventura cheia de referências
Se já não bastasse o próprio Frankenstein, temos um encadernado recheado de referências maravilhosas e novos personagens para o público brasileiro. Um deles é o odioso Marquês Adoet de Fabre, um colecionador de artefatos e criaturas sobrenaturais. Ele surge em na história B.P.R.P – The Universal Machine, ainda inédita no Brasil mas é o pivô de uma caçada à criatura. Nascido no século XV, Fabre alcançou a imortalidade através de meios arcanos.

De demônios à vampiros, passando até mesmo por dinossauros vivendo abaixo da superfície, Frankenstein atravessa inúmeros locais em busca de se entender em meio ao mundo louco onde vive. Uma reflexão certamente maravilhosa em um enredo que só mesmo a mente de Mignola poderia nos presentear!
Em meio a tudo isso uma história nos revela segredos da Hiperbórea e uma ligação com a entidade sétupla Ogdru Jahad, presente como pano de fundo do Mignolaverse. Obviamente não poderíamos deixar de presenciar uma entidade monstruosa lovecraftiana que tempera ainda mais o arco.
Conclusões finais
Em conclusão o Mignolaverso é um mundo em franca expansão. Esse quadrinho é prova disso! Mais e mais enredos, personagens e descobertas vão sendo adicionadas nesse enorme quebra-cabeças. Sem dúvida alguma é impossível não ficar completamente viciado nas criações de Mike Mignola!
Frankenstein: Entre o Céu e o Inferno é uma história incrível que indico aos nossos leitores, não apenas como fã de Hellboy, assim como fã da criatura de Mary Shelley!
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