Uma excelente opção de quadrinhos
Longe de Casa foi uma coletânea em quadrinhos da Editora Diário Macabro, que financiei em 2019, a qual estava muito curioso. Pois ela chegou e, após sua leitura posso afirmar que é uma excelente opção de quadrinhos para se ter ou presentear alguém que você goste.
Uma proposta interessante
Essa coletânea foi organizada por Priscila Limonta e Silva João, nos apresentando dezesseis histórias. Temos com isso várias pessoas reunidas, entre roteiristas e artistas, em um trabalho de soberba qualidade, não só de texto, como de imagem.
A coletânea se propunha a mostrar histórias que falassem sobre o medo intrínseco de se estar longe de casa. Um medo, inicialmente pensado como infantil, mas que logo se torna poderoso quando instaurado. Apesar de falar de um receio, o volume é diverso em sua dosagem do horror.
Quando a organização faz diferença
Minha surpresa foi enorme ao perceber que das dezesseis histórias, nove eram incríveis. Isso não desmerece em nada as outras sete, sendo apenas uma indicação da qualidade do trabalho dos organizadores em fazer opções boas que agregam ao título.
Cada autor trabalhou seus pequenos contos com enorme maestria. Com isso, dão ao leitor uma gama de intensidades, indo de trabalhos leves à verdadeiras peças do terrível. Isso agrega muito, criando um respiro ao leitor que está se deleitando com cada conto.
Um trabalho de organização ímpar, devendo mesmo ser enaltecido. Que tenhamos mais trabalhos da dupla Limonta e João, em igual qualidade ou superior até!
Histórias que falam por si só
Como citei acima, temos excelentes histórias nesse quadrinho. Para mim, os grandes foram:
- Memórias, de Luiza Strauss – sem dúvida alguma uma excelente opção por ter sido colocada como primeira leitura. Uma história linda antes de tudo.
- Efêmero purgatório, de Bi Aguiart – um traço rabiscado que de cara me prendeu, seguido por um texto direto e inquietante sobre a maldade humana. Vale mencionar a construção dos quadros que é sensacional.
- O jardim de Rippaccini, de Pedro H. S. Andrade e Raphael Andrade – antes de tudo um traço belíssimo, que me remeteu muito a Maus.
- Mother Dragon, de Monique Alencar – seu traço rabiscando e infantilizado possui uma força enorme de expressão. O conto mostra o horror infantil, que todos já sentimos, de ficar só. Lindo!
- Olhos gentis, de Bunnat – adoro histórias em quadrinho sem balões ou texto. Normalmente exigem mais do leitor e essa é muito legal.
- Notas salgadas, de Marcos Machete – o traço estilizado combinou muito com a narrativa. Curti demais!
- Tentácula, de Ana Júlia Piskra – outro traço infantilizado e cartunesco que me agradou e harmonizou com a história, que fala de superação e aceitação. Muito bom.
- Jardim Estígia, de Pietro Antognioni – Uma história que resume bem o ditado “aqui se faz, aqui se paga”. Boa!
- Cadeia, de Rodolfo Oliveira – Um traço cartunesco que me agrada demais em um enredo cthulesco. Adorei!
Conclusões finais
Um volume excelente que deve ser comprado e lido. Novamente meus parabéns aos organizadores por reunirem um time ímpar de talentos. A proposta foi atendida e passou das expectativas. O mérito é muito de vocês.
Aos leitores, apostem, pois é muito boa. Espero que curtam como eu curti. A Editora Diário Macabro merece estar no radar de vocês, tenham certeza.
Boa leitura!
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