Hellboy no México, de Mike Mignola

Como pegar uma boa história e estragar em um filme

Hellboy no México, de Mike Mignola e publicada no Brasil pela Mythos Editora era uma das últimas revistas do Hellboy que me faltavam. Engraçado, pois não tinha lido essa revista quando vi o novo filme do Hellboy (que desgraçadamente é uma bosta), mas logo no início acontecem coisas bem nítidas para mim que estariam nesse encadernado.

Hellboy no México - Mike Mignola - Mythos Editora - Canto do Gárgula
Hellboy no México – Mike Mignola – Mythos Editora

Eu não estava errado e, realmente estavam. Até aí tudo bem, mas eles pegaram um momento incrível do Hellboy para transformar em nada. Agora que li posso falar de cadeira: eles fizeram uma cagada enorme no filme, então siga meu conselho: nem perca seu tempo vendo, pois é um desserviço ao personagem.

Amnésia alcoólica

Mas voltemos ao quadrinho que é muito melhor. Neste volume, Hellboy é mandado ao México para resolver um caso, desaparecendo por um período de cinco meses. Isso tudo surge de um desenho do Mignola onde ele coloca o Hellboy ao lado de um lutador mexicano mascarado e anota uma data abaixo.

Hellboy no México - Mike Mignola - Mythos Editora - Canto do Gárgula
Hellboy no México – Mike Mignola – Mythos Editora

Exatamente nesse período o autor percebe um espaço em branco na vida do personagem. O que a princípio era apenas um simples desenho, se tornou uma enorme oportunidade de argumentos. Nos cinco meses em terras mexicanas, Vermelho (apelido do personagem) ficou completamente embriagado e por isso tudo o que possui são vagas lembranças do que viveu. De uma brincadeira entre Mignola de Richard Corben, o criador do personagem então reúne um time de desenhistas e cria outras histórias que aconteceram nesse curto período de tempo.

Os nomes chamados, além do próprio Corben foram Mick McMahon (Sláine, Juiz Dredd), os gêmeos brasileiros Fábio Moon e Gabriel Bá (B.P.D.P. Origens: 1946-1947, que terá resenha por aqui em breve), além do próprio Mike Mignola! Para o leitor fica o prêmio de ter reunidos em um único volume as histórias de  Hellboy no México e A Casa dos Mortos-Vivos (publicadas originalmente em 2012 e 2015) além das histórias inéditas A Múmia Asteca, O Casamento do Hellboy, O Saqueador de Cadáveres e O Saqueador de Cadáveres: A Revanche. Todas, tão divertidíssimas quanto ricas em detalhes.

Mas porque comentei no início que o filme estraga uma das grandes histórias do Hellboy? Porque ele não mostra como a vida de Hellboy foi marcada por estar no México. Quem ler o encadernado perceberá que os fatos vividos pelo personagem foram bem pesados, respondendo o porquê de ficar de porre por cinco meses!

Veja as cinco primeiras páginas:

Muito legal ver que Mignola gosta de buscar as referências mitológicas e folclóricas para a criação de suas histórias, mas também se inspira em nomes atuais como o Zé do Caixão e costumes de povos como ele fez com os mexicanos, utilizando os lutadores mascarados e outras entidades astecas. 

Conclusões finais

Como de costume, o material da Mythos Editora é rico em informações. Esse detalhe agrega demais para o leitor, sendo a revista citada em inúmeras outras edições e histórias do Hellboy. Vale muito à pena ter lido ele em algum momento.

Como fã de Hellboy tinha essa falha no currículo, a qual foi devidamente acertada! Sem dúvida uma boa revista, divertida e que precisa estar presente nas coleções do nosso demônio preferido!

Boa leitura

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