A vida pode ser um horror
Quando recebi da DarkSide Books o livro O mal nosso de cada dia, de Donald Ray Pollock, eu não sabia muito o que esperar.
Na contracapa, por exemplo, ele pouco diz sobre a história, por mais que passe pelos personagens bem rápido. A tradução de Paulo Raviere certamente trouxe o texto para uma linguagem bem coloquial e eu gostei disso.
O sonho americano é para poucos
Adentrar no texto de O mal nosso de cada dia é perceber que existem vários EUA dentro daquele país e que desconhecemos quase todos. O autor resolveu tratar uma dessa facetas, inegavelmente a mais cruel e sórdida. Ele nos mostra o ser humano no ponto mais degradado possível.
Você vai conhecer vários personagens, muitos dos quais você reconhecerá em alguma vivência ou lembrança sua. Pessoas que aparentam uma coisa, mas que escondem muitos segredos e loucuras. Quem não conhece alguém assim, não é mesmo?
A sensação enquanto se lê é de uma enorme imundície humana que como resultado vai te contagiando. Em alguns momentos é impossível não ficar até mesmo deprimido com tal quantidade de decadência.
Vale avisar que o livro toca em vários temas sensíveis. Por consequência não acredito ser indicado à qualquer pessoa. Dessa maneira o leitor precisa ter estômago para chegar ao final. Ainda assim é um livro que te faz refletir e eu amo livros assim.
Conclusões finais
Os personagens parecem que foram jogados em um enorme triturador humano ao seguirem suas sinas, entrelaçando seus malditos destinos.
O livro vai virar um filme pela Netflix que deve ser igualmente pesado. Pretendo assistir.
Decerto não é um livro para os leitores mais sensíveis. Melhor terminar logo esta resenha, de forma tão dura quanto o livro trata as vidas de seus personagens! Risos.
Boa leitura
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