Venha viver a loucura
O novo livro de Larissa Prado, O Arauto da Loucura, é uma maturação de um livro anterior dela, intitulado de Anônimo. Lendo agora a nova obra, é nítido como ela aprimora sua história. Dessa forma, o leitor é levado pela mente de uma pessoa muito perturbada, em um relato cruel e delirante.
Larissa Prado é uma escritora que sempre aconselho a leitura. Suas obras transitam pelo estranho e pelo sobrenatural, de tal forma que inquieta o leitor. Já resenhamos outros materiais da autora, clique aqui e confira.
Algumas lendas nascem assim
Não deixo de pensar nisso ao terminar de ler o livro. Larissa Prado nos leva pela vida do narrador sem nome, um homem atormentado por visões e alucinações. À medida em que o relato avança, não é possível identificar exatamente o que é real e o que não é. O leitor acaba vivendo a inquietação daquela alma, o que é bastante bizarro.
Entretanto, ele não é uma pessoa louvável e seus defeitos gritantes ajudam a construir a atmosfera esquisita da história. Não deixo de lembrar H. P. Lovecraft, pois ele escreveu bastante sobre sonhos e sonhadores. Suas descrições do mundo onírico se revelam sempre sombrias e tétricas. Ademais é um lugar que pode levar à mais terrível loucura, qualquer homem são.
Outro ponto interessante aos leitores que estão habituados à escrita da autora é perceber ali inúmeras de suas referências e inspirações. Vejo a obra como uma pequena homenagem aos seus grandes mestres, num resultado aterrador do início ao fim. Fácil perceber Edgar Allan Poe, Stephen King e Robert W. Chambers.
Considerações finais
Muito bom voltar a ler a prosa de Larissa Prado. Certamente ela é uma das autoras nacionais que mais gosto e que sempre apresenta ideias inquietantes em textos para lá de estranhos. Um nome para você apostar caso queira leituras com estas características.
Em conclusão, devemos sempre apostar nos nomes nacionais. Opções não nos faltam e seus textos nada devem aos estrangeiros. O apoio de cada leitor é muito importante para o universo literário brasileiro.
Que o livro mexa com você, como foi comigo, mas aconselho a não ficar olhando para a janela. Boa leitura!
Se você curtiu esta postagem, clique no botão curtir e deixe um comentário abaixo para que possamos trocar mais ideias!
Nãoo sabia o que fazer com essa história, ela é esquisita por si só. Como mostrar ao mundo algo tão bizarro? Obrigada por me dar a coragem necessária, Gárgula. Você é indispensável para nossa literatura de horror.
Assim como alguns precisam escrever, outros precisam ler.