O relato
Nellie Bly escreveu o livro Dez dias em um hospício, um relato que surgiu após ela decidir se internar em um hospital psiquiátrico em 1887 para escrever uma matéria para o jornal em que trabalhava.

A obra estava inédita no Brasil até o lançamento da Editora Wish. Karine Ribeiro foi quem fez a tradução enquanto Yasmine de Lucca e Renata Cezimbra ficaram a cargo da revisão.
Além disso, a obra conta com extras como duas matérias adicionais de Nellie Bly tentando ser uma serviçal e como escrava. Importante ressaltar que o livro contém: distúrbios psicológicos, violência, abuso físico e mental.
Uma missão delicada
Em 22 de setembro de 1887, Nellie Bly trabalhava para o jornal Word, o qual o editor perguntou se ela conseguiria se internar em um hospital psiquiátrico a fim de escrever uma narrativa simples e clara sobre o tratamento dado aos pacientes lá confinados, métodos administrativos e etc. Ela tendo fé em seus dotes de atriz acabou aceitando a missão para passar 10 dias na ala de insanos na Ilha de Blackwell.
A autora faz toda uma preparação para ir parar no hospital psiquiátrico sem envolver ninguém próximo. Não foi tão simples, mas após conseguir estadia numa pensão para mulheres trabalhadoras, ficar sem dormir por ter “medo” de todas que estavam na pensão e repetir as mesmas coisas na frente delas e de um tribunal policial; ela conseguiu todas as declarações de insanidade que precisava.
De tal forma que o relato começa ainda no hospital Bellevue onde ela ficou antes de ir para a ilha. Lá ela passa por mais avaliações psicológicas, as quais ela já começa a agir como fez fora do hospital. Neste momento ela já presencia algumas situações que mexem com ela.
Hospício da Ilha de Blackwell
No caminho até a ilha Nellie passa por um momento de incertezas e medo, sem saber se conseguiria sair de lá como seu editor planejava. Além disso, pelo fato de quatro médicos a declararem insana ela ficou bastante temerosa.
Logo após sua chegada ao hospício, Nellie faz amizade com algumas mulheres e constata lucidez em todas elas. Logo, passa a relatar parte das histórias dessas mulheres e, principalmente, os tratos que todas as pacientes recebem no local.
Nesse momento somos levados à indignação e à reflexão por tudo que ocorre lá. Sejam os maus tratos, assim como os motivos jornalísticos que as levaram até lá. Nellie passa e presencia por coisas de revirar o estômago e o leitor também tem que ser bem forte para vivenciar toda a experiência.
Considerações finais

Inegavelmente se trata de um relato sensível e de um tema de extrema atenção que devemos tratar com delicadeza, pois mexerá e incomodará os leitores.
Entretanto, o que mais chamou a atenção foi o fato de quanto mais Nellie Bly agia normalmente mais todos os médicos davam como sua insanidade forte e praticamente incurável. A pergunta é: o que fazia alguém ser insano naquela época? Ou melhor, o que era necessário para ser especialista nessa modalidade?
Sem dúvida, muito recomendado para quem gosta de relatos. Principalmente para quem gosta de aprender mais sobre a nossa sociedade não importando a época e nem o local.
Boa leitura!
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