Finalmente vi a série!
Foi em um sábado chuvoso que fizemos a maratona, minha namorada e eu, da série Desalma, no Globoplay. O saldo de divertimento foi certamente positivo e desde já indico para aqueles que nos seguem para ver, caso ainda não tenham visto. A série é um drama sobrenatural que vai agradar aos fãs do terror e do suspense.

Famosa desde sua estreia em 2020, estava em meu radar pelos inúmeros elogios que recebeu. Com roteiro de Ana Paula Maia, possui em seu elenco Cássia Kis e Cláudia Abreu, entre outros.
Um folk horror no sul do país
A história se passa na vila de Brigida, uma pequena cidade interiorana de colonização ucraniana, no sul do Brasil. Ali uma mulher vem morar com suas duas filhas, depois que seu marido se suicida em uma cachoeira.

Deste momento em diante se percebe que a localidade mantém segredos antigos bem guardados. Uma tragédia antiga inclusive fez com que o feriado pagão Ivana Kupala, não fosse mais comemorado pela localidade. Levando o espectador entre o presente e o passado, o enredo vai explicando o que aconteceu 30 anos antes, em 1988, nos dando pistas e esclarecimentos do que realmente ocorreu e que mexe até hoje com a vida de tantas pessoas.

A atuação de Cássia Kis, que personifica a solitária e estranha Haia Lachovicz, é impressionante. Por isso a personagem recebe a alcunha de bruxa de toda a comunidade. Além disso é enigmática e traz em sua figura não apenas um conhecimento ancestral, assim como segredos sinistros sobre o povo do lugar, que a procura mesmo a temendo.
Considerações finais
Em suma, muitas perguntas ficam no. O que ronda a cidade de Brigida e parece perseguir alguns de seus moradores? Que segredos estão guardados a sete chaves? A série se apresenta como um dos melhores exemplos de folk horror e me deixou impressionado pelas tomadas e pela história.
Uma série que deve ser vista pelos amantes do horror. Seu enredo é muito bem feito e a produção na minha opinião está de parabéns.
A lenda eslava das muscas, apresentada na série, me lembrou muito a lenda das rusalkas, que a escritora Mia Sardini utiliza em seu livro As vozes sombrias de Irena, publicação da AVEC Editora (leia nossa resenha aqui). Estas pequenas variações folclóricas mostram como as lendas podem caminhar.
Conhecia esta série? Me conta aí…
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