Estava curioso neste filme
Demorei dois anos para ver O Homem Invisível, filme do diretor Leigh Whannell, que se inspira no livro homônimo, de H.G. Wells. Comento ser apenas uma inspiração, pois o enredo do filme se afasta bastante do livro de Wells, que inclusive resenhamos aqui no blog. Confira nossa resenha.
O diretor também assina o enredo. Dentre os vários atores, o protagonismo fica com Elisabeth Moss, atriz que gosto bastante do trabalho e neste filme não decepciona. Vale comentar que o filme é um suspense com traços de ficção científica e direito a bons sustos, prendendo a atenção do leitor.
Os comentários abaixo podem conter spoilers então caso não tenha visto o filme ainda, aconselho que pare a leitura e vá assistir. Deixarei o trailer para aqueles que não viram se interessem pelo filme.
Se já viu, siga em frente!
A invisibilidade como ponto de ligação das obras
Certamente um dos pontos que ligam as duas obras é a invisibilidade. Outro ponto em comum está no fato de que os cientistas conseguem alcançar a tecnologia da invisibilidade. O uso que dão para ela é o que permeia a narrativa. Ademais, o filme de 2020 utiliza um caminho completamente diferente do livro de 1897, no que tange o desenrolar dos fatos.
No filme temos uma relação abusiva do cientista e sociopata Adrian Griffin, interpretado por Oliver Jackson-Cohen, e sua esposa Cecilia Kass, interpretada por Elisabeth Moss. Desde o primeiro segundo o tema é a saída dela desta relação e a consequência deste ato de libertação. Toda a trama mantém o espectador em um suspense incrível, e segue assim até o final. Inegavelmente o filme acaba ensinando sobre o medo que as vítimas destas relações doentes sentem.

Aqui a invisibilidade é alcançada por uma tecnologia de ponta, sendo Adrian Griffin um dos maiores pesquisadores de Ótica, senão o maior certamente. Aliado a esta questão científica fictícia, temos a forma como foi tratado o medo dela da presença do ex-marido. O vazio de cada momento torna-se automaticamente preenchido pela possível personificação do abusador, o que gera apreensão e em vários momentos, medo. Achei bem interessante como utilizaram o nada como fonte do pavor.
O abuso psicológico tratado de uma forma diferente
Como falei anteriormente, a relação insustentável e tóxica do casal Griifin e Kass desnuda e utiliza o a ficção para mostrar os danos do abuso à vítima, mesmo que a médio prazo. O tema é importante e precisa ser discutido sim. Muitos abusadores conseguem manipular suas vítimas o tempo todo, mesmo não estando presentes em suas vidas. Facilmente podemos imaginar estes agressores como o homem invisível, que nunca sabemos onde está, apesar de sua presença ser sentida.

Ainda que ela sofra horrores o filme inteiro, tendo inclusive sua sanidade posta à prova, com uma internação forçada, a volta por cima de Cecilia Kass é importante demais e o espectador acaba torcendo por ela em vários momentos.
O enredo trata não apenas da dificuldade da vítima do abuso de sair de casa, assim como de voltar a viver. Estes aspectos posteriores à saída do relacionamento se apresentam como cicatrizes psicológicas e mostram como o dano realmente pode ser severo. Por isso considero muito pertinente trazer essa discussão à tona.
Considerações finais
Em conclusão, um filme que apenas se inspira na novela de H.G. Wells, mas que aproveita a ideia do homem invisível para tratar do tema do abuso psicológico, o que é importante para a sociedade atual.
Apesar de ser previsível em vários momentos, o final, ao menos para mim, foi certamente inesperado. Um filme que agrada quem gosta de suspense ou ficção científica, com um terror leve, que certamente não deixará suas duas horas de duração serem sequer sentidas. A atuação de Elisabeth Moss é impressionante e definitivamente ela é dona de um talento ímpar para papéis dessa natureza. Gosto muito do trabalho que ela executa.
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