Reparei um erro do meu repertório
Ler Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, foi uma experiência incrível de leitura, ao mesmo tempo que reparei uma lacuna no meu repertório. Ler este livro é fundamental, principalmente nos dias que vivemos.
Escrito em 1941, a obra é um clássico. Li a edição da Editora Globo, com tradução de Vidal de Oliveira.
A felicidade é assustadora
Chegar ao Admirável Mundo Novo para o leitor destes primeiros vinte anos do século XXI, pode se mostrar um grande choque, afinal é um clássico. Muitos podem se perguntar: porque é um livro tão venerado? Imagine apenas que ele foi escrito em 1941, prevendo um lugar que infelizmente vem se confirmando em alguns costumes.
Huxley cria um mundo futuro onde a humanidade guiou sua evolução para uma perfeição utópica onde a felicidade é tudo o que importa. Deste ponto já temos um primeiro paralelo com o mundo atual, onde ser feliz se tornou imperativo. Veja as redes sociais e terá a primeira impressão deste mundo ditatorialmente feliz que vivemos.
No mundo de Huxley temos o Soma, um entorpecente liberado e disseminado que leva o indivíduo ao estado pleno de vida, sem problemas e questões. Uma sociedade feliz é o ideal de Ford, a divindade que é cultuada por seus princípios práticos de linha de montagem, especialização social e objetivos de um mundo moderno. Até mesmo a gestação por sexo é uma prática abolida, assim como sentimentos e relações monogâmicas.
O mundo perfeito só não está preparado para as visões subversivas de um ser humano que veio de fora. O choque entre a visão do Selvagem, personagem chave do livro, e do mundo admirável que ele descobre, leva o leitor às mais profundas reflexões sobre controle social, relacionamentos humanos e interações sociais.
Como um carro desgovernado este encontro certamente deixa o leitor sem chão. Huxley foi assustadoramente assertivo em prever uma distopia em curso de formação e existência. Só errou no tempo para que isso ocorresse, que está acontecendo muito antes do que ele escreveu.
Considerações finais
Em resumo, eu amo ler distopias assim, ainda que fique ruminando suas ideias por meses. Realmente não as leio uma atrás da outra por isso. São pesadas, ao menos para mim, e me pedem uma digestão e absorção maior e prolongada.

Não havia lido nada de Aldous Huxley e já quero ler mais de sua obra. Este livro mexeu comigo e coloco o autor dentre outros como George Orwell, Octavia E. Butler e Ursula K. Le Guin. Precisamos ler estas pessoas. Necessitamos discutir suas ideias. Temos de manter suas reflexões sempre vivas.
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Esse é um clássico que preciso reler qualquer dia desses.
Faça pois vai ser interessante. O livro é mais atual do que nunca e por isso, assustador!